Posso afirmar que meu primeiro encontro com o "Espírito que Anda" foi mais do que marcante, foi "super-marcante".
Quando escrevi aqui no blog sobre algumas edições "Número 1" de HQs de super-heróis que adquiri nos tempos áureos, citei um personagem icônico que conheci desde meus primeiros tempos de infante.
O Fantasma foi criado por Lee Falk em 1936. Foi um dos primeiros super-heróis mascarados e abriu portas para outros similares. Ele é Kit Walker, pertencente a uma dinastia cujos integrantes dedicam a vida para combater o mal, sob o manto do Fantasma. Surgiu nas tiras de jornais, para logo em seguida tomar o mundo de assalto em revistas em quadrinhos, filmes, brinquedos e todo tipo de material relacionado.
As várias cores do uniforme do herói ao redor do mundo. |
Minha introdução a ele se deu com um singular gibi. O Superalmanaque do Fantasma #1, lançado pela RGE, entre junho e julho de 1980. A memória me falha, mas provavelmente meu pai me presenteou com a revista. Se ele decidiu por conta própria me presentear ou se pedi para que comprasse, também não consigo lembrar. Com 132 páginas, apresentava duas boas aventuras.
Em "Morte Rubra no Cinturão Branco", o herói investiga as ações do tirano louco Khony, que deseja realizar uma vingança sobre a humanidade, ao utilizar um vulcão e armas atômicas para provocar um desastre de proporções gigantescas, a fim de repovoar o mundo.
Já em "O Navio Fantasma", congressistas do mundo todo foram seqüestrados a bordo de um navio. Cabe ao Espírito que Anda salvá-los, em uma trama de suspense e reviravoltas.
Típicos das publicações da editora, os anúncios de página inteira de outros títulos chamavam a atenção.
Um atrativo da revista era o Anel
da Caveira, oferecido como brinde. Anúncios em outras publicações da RGE davam destaque.
Era uma reprodução em plástico. Entretanto, não lembro de ter tido este item. Ou tive e esqueci ou não veio com minha edição.
Certamente, um item muito raro. |
Assim como tantas outras de minhas primeiras revistas, minha edição hoje se encontra longe de um estado de conservação ideal. Está com a capa danificada e sem a última página.
De qualquer forma, é mais um item que mantenho com carinho, pois aguça meu Saudosismo Maldito, sempre que o manuseio. E isto é suficiente para torná-lo inestimável para este singelo escriba.
ATUALIZAÇÃO (08/06/2024):
Adquiri um novo exemplar da revista, em perfeito estado de conservação. Infelizmente, sem o Anel da Caveira. Quem sabe um dia...