No ano de 2005, com o lançamento
de Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith, a febre da saga
espacial estava alta, ainda mais para este singelo escriba e alguns de seus
amigos, todos fãs ou entusiastas do universo criado pelo tio George.
Naquele período, minhas
habilidades com edição de imagens, áudio e vídeo estavam em franca expansão. Um
de meus passatempos era editar imagens de amigos, adicionando sabres-de-luz e
outros efeitos relativos a Star Wars. Meu interesse por obras produzidas
por fãs, os chamados fanfilms, estava igualmente aguçado. E eu procurava
repassar este interesse aos amigos. Portanto, foi quase natural que pensássemos
em criar nosso próprio fanfilm.
De imediato, tentei criar um roteiro. À época, escrevia fanfics e, assim, já tinha alguma prática para estabelecer conceitos para uma trama. Logo, rascunhava e compartilhava com os amigos. Eles davam idéias, que eram integradas aos meus esboços. Ao todo, o roteiro teve quatro tratamentos.
A trama se passaria alguns anos
após Star Wars: Episódio VI - O Retorno de Jedi e envolveria novos Jedi
treinados por Luke Skywalker em um enfrentamento contra uma nova seita Sith
e forças remanescentes do Império. Seria o pretexto para criarmos cenas de ação
com sabres-de-luz e batalhas espaciais, no melhor estilo da saga.
O fanfilm teve alguns nomes sugeridos, como "O Caminho da Destruição" e "Trilha para o Lado Negro", entre outros. No final, recebeu o título "A Vingança do Jedi". Busquei algumas locações, quase todas em Cidra Beach. Imaginava um duelo entre um dos Cavaleiros Jedi e alguns guerreiros Sith em um planeta desértico e combates em ambientes aquáticos, na beira de um rio ou de uma praia (algo similar ao que foi visto em Rogue One: Uma História Star Wars). A obra seria registrada com minha câmera JVC, bem como uma outra de um dos amigos.
O elenco foi selecionado. Cada um
ficaria responsável por criar suas vestimentas e maquiagens. Um de meus amigos
já tinha uma indumentária Jedi, que havia criado para uma festa à fantasia. E
eu seria responsável pelos efeitos visuais e sonoros. Nunca chegamos a
selecionar alguém para criar a trilha sonora (muito provavelmente usaríamos as
composições de John Williams dos filmes de cinema).
Por diversos motivos, nunca
conseguimos ir além disso. Ficamos apenas no entusiasmo ao conversar
sobre o projeto. Em 2018, por diversão, criei o letreiro de abertura.
E isto foi o máximo produzido do fanfilm. Foi um exercício divertido de imaginação, cujas dificuldades para tirar o projeto do papel me fizeram apreciar ainda mais todo o processo envolvido na criação de um filme, uma série ou qualquer outra obra artística.