Minhas lembranças deste antológico festival.
O início dos anos 1990 ficou marcado em minha memória, entre tantas outras experiências de vida, por um acontecimento em especial. Uma maratona de shows com alguns dos artistas mais requisitados daquele período. Quando o primeiro Rock in Rio aconteceu, em 1985, este singelo escriba ainda era um infante e, embora já apreciador de música em geral, não mantinha um interesse mais apurado. Entretanto, quando o Rock in Rio II tomou forma, já tinha conhecimentos e preferências musicais mais definidos e minha atenção se voltou com mais propriedade para o evento.
A segunda edição do festival aconteceu entre os dias 18 e 27 de janeiro de 1991. Contou com grandes nomes, alguns à época consagrados, como Joe Cocker, Robert Plant, Carlos Santana, Colin Hay, Billy Idol. Outros em pleno auge, como Guns n' Roses, Megadeth, A-ha, INXS, George Michael e Prince. Entre os que se consolidaram o destaque certamente ficou com Faith No More. E para representar a música pop, nomes badalados daqueles tempos, como New Kids On The Block, Debbie Gibson e Lisa Stansfield. Artistas brasileiros renomados também marcaram presença: Alceu Valença, Ed Motta, Moraes Moreira e Pepeu Gomes, Supla, Capital Inicial, Nenhum de Nós, Roupa Nova, entre outros.
O evento teve momentos marcantes, pelas mais diversas razões. Seja pela empolgação do público nos shows de Information Society e Deee-Lite, pela estréia de Matt Sorum como baterista do Guns n' Roses ou pela participação de Andrew Ridgeley na segunda noite de apresentação de George Michael. E pelo motivo errado: o show de Lobão até hoje é lembrado pela polêmica. O artista brasileiro foi escalado para tocar na noite do heavy metal, sua proposta de misturar rock com samba não foi bem-aceita, o público se comportou de forma totalmente reprovável e o músico encerrou a apresentação após ser alvo de objetos jogados ao palco.
Os artistas brasileiros também fizeram bonito, ofereceram boas performances. Engenheiros do Hawaii, TItãs e Sepultura (as três bandas no auge e com suas formações por muitos consideradas como "definitivas") se destacaram pela competência e tiveram apoio irrestrito do público.
Não, eu não fui no Rock in Rio II. Estava, como de costume, desfrutando férias em Cidra Beach. Mas acompanhei o que pude: matérias nos jornais, nas emissoras de rádio e televisão. Assisti na televisão a alguns shows (ou alguns trechos), mas tantos outros não consegui, como a apresentação de Prince, por exemplo. Não lembro se não foi transmitido ao vivo ou se fui fazer outra coisa (ou dormir). Lembro que queria ver, mas não vi.
No dia seguinte a cada uma das noites do festival, me reunia com amigos e comentávamos avidamente sobre cada apresentação. Sobre o que vimos e deixamos de ver. O que a televisão mostrou, o que se dizia no rádio. E muito ouvíamos as músicas dos artistas que no evento se apresentaram.
Na seqüência, a Rede Globo produziu dois programas especiais sobre o evento. O primeiro deles, gravei em VHS. Exibido em 2 de fevereiro de 1991, apresentado por Felipe Martins, com alguns dos melhores momentos do festival.
No dia seguinte a cada uma das noites do festival, me reunia com amigos e comentávamos avidamente sobre cada apresentação. Sobre o que vimos e deixamos de ver. O que a televisão mostrou, o que se dizia no rádio. E muito ouvíamos as músicas dos artistas que no evento se apresentaram.
Na seqüência, a Rede Globo produziu dois programas especiais sobre o evento. O primeiro deles, gravei em VHS. Exibido em 2 de fevereiro de 1991, apresentado por Felipe Martins, com alguns dos melhores momentos do festival.
O festival sofreria um hiato de dez anos, só retornando em 2001. Também gravei em VHS algumas apresentações deste evento, como R.E.M., Foo Fighters e, em especial, o retorno do Guns n' Roses. Depois disto, meio que perdeu o encanto para mim. Mesmo assim, não deixei de acompanhar as edições seguintes. Porém, sempre que se fala em Rock in Rio, as lembranças mais estimadas que tenho são da segunda edição.