quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Meu primeiro Blu-ray

Já comentei sobre meu primeiro filme em DVD (que na verdade foram dois). Agora resolvi fazer o mesmo para o primeiro título adquirido no formato de alta definição, o vigoroso Blu-ray.


Quem me conhece, sabe: Michael Jackson é meu artista predileto. Sua obra me acompanha desde que me conheço por gente. Nada se compara ao fascínio causado por suas músicas e suas danças. Assim, nada mais justo que o primeiro filme em Blu-ray fosse justamente Michael Jackson's Moonwalker.


Adquiri o filme em 2010, quando finalmente foi disponibilizado no Brasil em alta definição, um ano após o falecimento do ídolo. No ano anterior, uma edição em DVD fora lançada, em uma medíocre tentativa de aproveitar a comoção causada pela morte de MJ. Não comprei tal edição, pela falta de respeito e, principalmente, porque o filme estava apresentado em aspecto de tela incorreto.


Porém, quando a obra finalmente apareceu em Blu-ray, não havia mais desculpa. Eu ainda não tinha um reprodutor deste formato, mas não me fiz de rogado. Efetuei a compra, pouco depois do lançamento, na saudosa Videolar, por absurdos R$ 49,90 (mal sabia eu que os preços ficariam ainda mais incondizentes com o passar dos anos, com a comunidade de colecionadores cada vez mais a pagar tais preços e ainda a achar o máximo).


A edição é simples, apenas um disco em estojo comum, sem arte interna. O filme é apresentado em aspecto de tela widescreen, com trilha de áudio em inglês e legendas em português. Infelizmente, não está presente a dublagem brasileira. E não há conteúdos extras, exceto por um trailer.


A versão do filme presente no disco tem pequenas censuras em relação ao original visto nos cinemas ou em VHS, especialmente em cenas em que o vilão Mr. Big agride e ameaça a menina Katie com uma seringa. Até se entende o motivo pelo qual esta cena foi cortada, para amenizar o impacto e deixar o filme mais agradável para o "ambiente familiar", ainda que tenha sido uma decisão tomada após a morte de MJ (e, obviamente, sem qualquer opinião do astro a respeito).


Ainda, durante o segmento de Smooth Criminal, um momento icônico foi modificado: quase no final, quando Michael efetua um de seus gritos "POW", como mostra o vídeo a seguir. Por que causa, motivo, razão ou circunstância isto foi alterado? Vai saber.


Tudo isto verifiquei ao testar o disco na casa de um amigo, que tinha um PlayStation 3, com o qual vislumbrei pela primeira vez a produção em alta definição. Tempos depois comprei o singular DBR-750 da Tec Toy e pude rever os melhores momentos à vontade.

  
Moonwalker é considerado irregular, mesmo entre os fãs mais ferrenhos de MJ. Ainda assim, o segmento de Smooth Criminal é mais do que suficiente para validar a obra. Afinal, Michael canta, dança, foge de perseguidores, se transforma em carro, robô e nave espacial. É uma lástima que não tenham sido disponibilizadas edições com mais conteúdos e melhores apresentações, mesmo no exterior. Na França até foi lançada uma caixa com livreto e CD com músicas do filme. Na Alemanha foi oferecida uma edição com embalagem SteelBook. Em todas elas, o disco Blu-ray é o mesmo, sem qualquer material extra.



Enfim, este foi meu primeiro Blu-ray. O tempo passa, o tempo voa, os preços aumentam, o povo paga e continua à toa. E lá se vai uma década. Seria o momento ideal para esta e outras obras de MJ receberem novas edições, tanto em Blu-ray quanto no formato mais recente, o 4K.


Sonhar custa nada. Mas enquanto isto não acontece, sigo com as obras do astro em DVD e Blu-ray.

Okay, I want everybody to clear the area right now!
POW !!!