Hoje foi dia de rever um clássico. Mas desta vez, na tela grande.
O dia de hoje é marcante para mim. Neste dia, vi pela primeira vez no cinema um de meus filmes prediletos, de um de meus super-heróis prediletos: o clássico Superman - O Filme, dirigido em 1978 por Richard Donner e estrelado por Christopher Reeve, Margot Kidder, Gene Hackman e Marlon Brando, entre outros. Nada precisa ser comentado sobre a produção, obrigatória para qualquer fã de super-heróis, histórias em quadrinhos e afins.
Somente havia assistido ao filme em exibições na televisão e em home video. A coleção em Blu-ray The Superman Motion Picture Anthology, com todos os filmes da série, está sempre à minha disposição. Em tempos recentes adquiri uma edição em VHS, com a primeira dublagem da Herbert Richers.
Portanto, quando fiquei sabendo de seu retorno aos cinemas, decidi não perder a oportunidade. Esta reexibição é parte da campanha de lançamento de "Super/Man: A História de Christopher Reeve", documentário sobre a
vida do ator que fez o mundo acreditar que um homem poderia voar. E que, após o acidente que o deixou paralisado, atuou de forma relevante na busca de curas para sua situação e similares, auxiliando incontáveis pessoas no processo.
Antes do filme, foram
apresentados alguns trailers. Primeiro, "Coringa: Delírio a Dois". Depois, "Venom:
A Última Rodada"; Por fim (e mais especialmente), o trailer do
referido documentário Se a empolgação para assistir à produção de 1978 era
grande, com esta prévia se tornou também emotiva.
A exibição se iniciou. A imagem estava esplêndida. Era a versão original de cinema, com a remasterização feita em 2018. Cores vivas, brilho e nitidez quase impecáveis. A granulação da película de 35mm se fez evidente, em especial nas cenas em Krypton. Pode incomodar os menos avisados, mas certamente agrada os mais puristas.
Os efeitos sonoros pareceram
ganhar ainda mais destaque. Da mesma, forma a trilha sonora de John Williams
nunca soou tão estupenda. A música-tema arrepiou desde os primeiros acordes.
Melhor do que isto, somente se o próprio maestro e sua orquestra estivessem
diante da tela, apresentando as composições ao vivo.
Foi indescritível finalmente assistir na tela grande a cenas que sempre foram marcantes para mim, como quando Jor-El faz seu discurso ("o filho se torna o pai e o pai... o filho") antes da destruição de Krypton.
O mesmo vale para a conversa entre Jonathan Kent e o jovem Clark, sobre estar no planeta por uma razão. E as cenas panorâmicas em Smallville (especialmente quando Clark se despede de sua mãe) sempre foram de encher os olhos. Nesta ocasião, quase os deixaram marejados.
E o que comentar da antológica cena em que o Super-Homem salva Lois Lane? Sempre me arrepio neste momento. E não foi diferente desta vez, talvez até com mais intensidade.
O filme passou voando (trocadilho mais que intencional). Havia poucas pessoas na sala de cinema e todas foram extremamente educadas, sem conversas ou quaisquer manifestações durante a projeção. Apenas uma ou outra risada nos momentos cômicos envolvendo Lex Luthor e Otis. Assim, foi possível apreciar tudo, sem maiores incomodações.
E assim, finalmente testemunhei na tela grande o clássico que redefiniu um gênero e consolidou as bases para tudo que viria depois. Fui ao cinema para relembrar que estamos todos aqui por uma razão. Fui ao cinema para relembrar que, estatisticamente falando, voar ainda é a forma mais segura de viajar. Fui ao cinema para relembrar que somos todos parte do mesmo time.
Enfim, fui ao cinema não apenas para celebrar um super-herói estimado e um filme clássico, mas também para rever... um amigo.