O autor é desconhecido, mas o sentimento é muito, mas muito conhecido.
Você errou, Luiz.
Errou na mão, errou na dose,
errou no tempo, errou na História.
Contra todo e qualquer argumento, Luiz, você teve a oportunidade histórica de fazer diferente.
Mas escolheu fazer igual,
escolheu piorar o que sempre criticou.
Esqueceu suas raízes, suas
origens humildes e se aliou aos poderosos de plantão.
Esqueceu os seus amigos antigos e
olhando apenas pra o próprio umbigo, Luiz, abraçou a traição.
Você errou, Luiz.
Errou feio.
Errou no mensalão, errou no
petrolão, errou ao escolher e defender Dilma e ao andar na contra-mão.
Errou ao deixar seu filho ser o "fenômeno" executivo de plantão.
Errou ao deixar o poder e a
glória lhe subirem à cabeça.
Errou mais ainda ao deixar que o
dinheiro e a fama congelassem seu coração.
Errou em Santo André, no São
Francisco, no Rio de Janeiro, em Atibaia, em Guarujá, em todo o país.
Errou na presunção de ter
ninguém à altura de sua luz.
Errou quando se equiparou em
honestidade a Jesus.
Errou de forma trôpega e infeliz.
Você errou muito, Luiz.
Errou quando transferiu a culpa
pra gente que não podia mais se defender.
Celso Daniel, Marisa Letícia,
acusados depois de morrer.
Errou quando disse que nada
sabia, quando cinicamente mentia, insistia em não se envolver.
Errou quando foi incapaz de
reconhecer um erro sequer, seu ou de seu partido.
Dos genuínos dólares na cueca às
reformas e imóveis dos quais "nunca tinha ouvido".
Como você errou, Luiz.
Errou ao perder um dedo, ao fazer
segredo de sua voraz ambição!
Errou ao se achar "o cara", errou
na auto-vitimização!
Errou ao elogiar Chaves, Evo,
Maduro, errou na manipulação.
Errou com os companheiros Dirceu,
Palocci, Delcídio, Vaccari, Vargas, deixando todo mundo na mão.
E na prisão!
É, Luiz.
De tanto que errou, você tanto
fez, que agora é a bola da vez.
Na marola do mar de lama em que
se transformou o seu tempo no poder, não tinha mais como se esconder.
E embora o fanatismo de uns, o
ego de outros e o interesse de tantos ainda tentem lhe absolver, mais do que uma pena, você é
digno de pena, Luiz.
Todos que lhe conhecem sabem
muito bem que seu maior crime foi um assassinato!
Foi você, Luiz, e só você, quem
matou o Lula.
E ao matar o Lula você aniquilou
a mais bonita militância política que um partido já teve neste país.
Uma militância legítima,
espontânea, verdadeira.
Não a que você conseguiu
transformar em gente paga, com pão e mortadela.
Você errou, Luiz.
E já passou da hora de pagar as
contas por seus erros.
Quem sabe, em sua arrogância
insana, você até se sinta feliz.
Afinal, você vai em cana! E cana é
tudo o que você sempre quis!
Autor desconhecido