Assisti a Doutor Estranho,
nova empreitada cinematográfica da Casa das Idéias. O que eu sinto a respeito de
tudo... é estranho. É estranho como é simples: a Marvel não erra.
Mais um personagem apresentado
nas telas de cinema de forma competente, com direito a breves reflexões
científicas, filosóficas e espirituais. Reflexões superficiais, é claro, já que
o foco está na ação e na aventura. Obviamente, é preciso contar a
origem do herói e, assim, o ritmo parece irregular, com alguns momentos apressados e outros mais lentos. Ainda assim, no geral, a trama
flui de forma satisfatória, sem perder muito tempo. As exposições são feitas, muitas vezes, em meio à ação.
Somos apresentados a Stephen Strange e Christine Palmer, logo em seguida ele sofre seu acidente, busca tratamentos, até se dirigir a Kamar-Taj, encontrar Mordo e a Anciã para iniciar seu treinamento nas artes místicas. E a partir de então, passa a enfrentar Kaecilius e seus seguidores, além da ameaça de Dormammu. Trama simples e eficiente. E o embate entre o Doutor Estranho e Dormammu é peculiar, com um desenrolar inesperado e divertido.
Somos apresentados a Stephen Strange e Christine Palmer, logo em seguida ele sofre seu acidente, busca tratamentos, até se dirigir a Kamar-Taj, encontrar Mordo e a Anciã para iniciar seu treinamento nas artes místicas. E a partir de então, passa a enfrentar Kaecilius e seus seguidores, além da ameaça de Dormammu. Trama simples e eficiente. E o embate entre o Doutor Estranho e Dormammu é peculiar, com um desenrolar inesperado e divertido.
As atuações são competentes, como
já era esperado de um elenco formidável. Não preciso rasgar seda, ainda
que discorde das alterações de etnia e gênero de alguns personagens. A lamentar o fato de os vilões terem sido apresentados sem maior profundidade. Uma
curiosidade: além do herói, Benedict Cumberbatch também dá vida ao vilão
Dormammu, através da captura de movimentos.
O visual é diferente de tudo já
mostrado pela Marvel. Os efeitos especiais têm clara inspiração em A Origem (e ouso dizer que vão mais além). Os enfrentamentos acontecem das mais diferentes e
místicas formas, trazendo novas nuances e novos riscos a cada combate. E o
Manto da Levitação rouba a cena.
Já no quesito trilha sonora,
apesar da competência, a trilha de Michael Giacchino não possui um tema
principal marcante, como todo filme de super-herói deveria ter (e como não
acontece na maioria dos filmes heróicos atuais).
O filme tem um humor mais sutil e
menos piadista. É justamente em momentos de piadas "moderninhas" que o filme perde pontos, como quando Strange faz graça com o nome de Wong e de outros artistas da música pop.
Ainda assim, não compromete, apenas causa sorrisos bobos.
Em resumo, é um ótimo
entretenimento.
É estranho como é simples: a Marvel não erra.