É hora de relembrar um dos jogos
mais bacanas que já joguei
.
O jogo é um divertido
beat’em’up (o popular gênero dos jogos de "briga de rua") para 4 jogadores, lançado pela Konami em 1989 nos melhores fliperamas mundo
afora. Possui bons gráficos, músicas e sons apropriados, boa jogabilidade. Não é o melhor jogo da Konami
(nem o pior). Com isso quero dizer que os aspectos técnicos não são o grande chamariz. O
verdadeiro trunfo deste jogo é o fator diversão, principalmente quando jogado
entre quatro jogadores (imagine a mecânica e simplicidade de
Double Dragon, mas permitindo que quatro
aventureiros possam espancar toda uma horda de
punks e maloqueiros).
Como a maioria dos
beat’em’ups,
em
Crime Fighters é preciso resgatar algumas senhoritas que foram
devidamente seqüestradas pela gangue de um “rei do crime” da cidade. Para tanto, é preciso percorrer oito fases, desferindo socos, chutes e qualquer outro tipo de pancada nos meliantes que surgirem pela frente.
Um detalhe interessante:
alguns dos “chefões” foram inspirados em personagens de filmes de
terror. Portanto, há um clone de Jason Voorhees (da série “Sexta-Feira 13”) e um
aspirante a Freddy Krueger (da série “A Hora do Pesadelo”), além de um primo pobre do Leatherface (de "O Massacre da Serra Elétrica").
Muito joguei esta preciosidade. Já comentei esta situação quando
escrevi sobre os
Fliperamas de Cidra Beach, mas vale o repeteco.
Junto com mais quatro malucos
(meu irmão, um primo e dois amigos), ficou decidido que terminaríamos este
jogo, independente do tempo que levasse ou de quanto custasse.
E assim fomos jogando e
gastando, até a última fase. E foi aí que tivemos uma
desagradável surpresa: chegamos perto de uma jaula, onde estavam as moçoilas
raptadas. O maldito “rei do crime” surgiu em sua limusine e jogou ao chão uma
chave para abrir a jaula. Afoitos como estávamos para terminar o jogo, nos
apressamos para pegar a chave. E foi então que o “rei do crime” sacou uma
metralhadora e disparou contra os quatro jogadores. Todos morreram. E nesta
última fase, não é possível usar
continues (obrigado, Konami).
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Ele se entregou? É só pegar a chave? |
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Maldito traiçoeiro! |
Foi uma sensação única, um pouco
de raiva misturada com alegria, porque o ocorrido realmente foi engraçado .
Só consegui vencer o jogo quando este ficou disponível no MAME. Aí foi só alegria mesmo.
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Metralhadora nenhuma o livrará da surra! |
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Acabou? Sim e não. |
Após vencer
o "rei do crime" e resgatar as moçoilas, há uma fase extra, em que é preciso enfrentar todos
os chefões novamente, ao mesmo tempo. Vença se for capaz. Depois disto, o jogo
volta à primeira fase.
A versão ocidental de
Crime
Fighters tem algumas censuras em relação ao jogo original lançado no Japão. A versão japonesa possui referências
e conotações sexuais mais explicitas, em inimigos e nos cenários. Outra diferença na versão nipônica é a medição de energia do jogador. Ao invés de números que decrescem automaticamente, o jogador possui uma barra de energia, que só é decrescida quando este é atingido.
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Este inimigo gosta de encoxar o jogador. E de dançar no Bar Ostra Azul. |
Crime Fighters rendeu duas
continuações:
Vendetta (ou
Crime
Fighters 2), que alcançou boa popularidade e aceitação. Novamente, quatro jogadores se reúnem para enfrentar gangues malignas e resgatar uma donzela raptada.
E
Violent Storm,
relativamente desconhecido. E mais parecido com
Final Fight do que com os jogos anteriores. Aqui a jogatina acontece entre três jogadores simultâneos. E, adivinhe, é preciso espancar meliantes para salvar mais uma moça seqüestrada.
Enfim, nunca é demais recomendar:
Crime Fighters é um ótimo e divertido jogo, ainda mais se jogado com
mais pessoas. Agora com licença, pois vou tentar pegar aquela maldita chave de
novo...