Antes de começar, um aviso: este blog e seu autor não têm qualquer vinculação partidária ou preferência por este ou aquele candidato.
Dito isto, ao trabalho...
Por que NÃO devemos votar em Manuela D'Ávila, candidata a prefeita de Porto Alegre?
Simples, basta rever o histórico político da moçoila:
Ela surgiu como candidata a vereadora, com seu slogan grudento de magrinha do Bonfa, "e aí, beleza?". Foi eleita. Não fez nada de concreto como vereadora.
Dois anos depois, lá estava ela, novamente com seu slogan grudento, agora disputando uma vaga a deputada federal. E não é que ela conseguiu se eleger novamente?
Pois é, mais dois anos se passaram, Manuela não fez nada de concreto como deputada e eis que está se candidatando a prefeita da capital gaúcha (mas agora parece que abandonou o slogan grudento).
Francamente.
Podem dizer o que quiserem. Que Manuela é um fenômeno, é carismática, é "beleza". Podem até dizer que ela é uma "política honesta". Nada disso muda um fato inegável: até agora, Manuela nada mais fez do que se candidatar a vários cargos diferentes, sem ter permanecido em qualquer um pelo tempo de mandato completo.
Agora, quem garante que esta carreirista, caso eleita, não abandonará o cargo em dois anos, para se candidatar a governadora, senadora ou o escambau?
Mas sabem qual é o pior da história? É o fato de políticos já eleitos (para cargos legislativos) poderem se candidatar a tudo quanto é cargo, inconseqüentemente. E se não forem eleitos, ainda podem retornar aos cargos anteriores. Isto tem um nome: politicagem.
Exemplo: Manuela se candidatou a prefeita. Está "licenciada" de seu cargo como deputada. Se ela não se eleger, simplesmente retornará a Brasília e continuará "mamando nas tetas". Que vida boa.
E você, caro leitor? Se você tentar um cargo em uma outra empresa e não conseguir, poderá retornar tranqüilamente para seu emprego anterior? Entendeu a idéia, não?
Manuela é só mais um exemplo de políticos, partidos e organizações oportunistas que infestam este país.
Lembram da pataquada do Tarso Genro em sua última candidatura? Foi eleito prefeito, ficou dois anos no cargo, se meteu a tentar o Governo Estadual, perdeu e teve que se esconder debaixo da saia do Lula para não morrer politicamente. E estamos falando de um político de renome e coerente, que já tinha realmente feito um bom trabalho, mas que se rendeu à politicagem do partido.
Claro, Manuela tem todo o direito de se candidatar a tudo quanto é cargo, desde líder da turma no colégio, vereadora, participante do Big Brother, garota do Fantástico, governadora ou presidente. Só não queira convencer o eleitor que ficar apenas dois anos em um cargo (em mandatos de 4 anos) seja uma prática salutar para o "movimento democrático".
E o eleitor ainda tem que agüentar horário político obrigatório, propagandas em todas as mídias, encheção de saco para votar (o esquema é obrigatório, mas ficam tentando convencer que estamos exercendo um direito) e todas as demais pertinências da "festa da democracia".
Mesmo assim, se o eleitor tentar levar a questão a sério, ainda precisa garimpar (e muito) para encontrar um candidato com propostas sérias e consistentes, em meio a tantas promessas vazias e impossíveis, conversa fiada dos palhaços de plantão, muitos oportunistas e os velhos politiqueiros de sempre.
Começo a acreditar que o eleitor deveria ser pago para votar mesmo. Pelo menos a palhaçada da compra de votos terminaria de vez (ou no mínimo seria institucionalizada).