quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson - 1958-2009

Percebemos que estamos ficando velhos quando nossos heróis de infância começam a morrer...

É, amiguinhos, hoje é um dia histórico, infelizmente.

Neste dia 25 de junho de 2009, faleceu um dos maiores nomes da música popular mundial:

Michael Jackson.


Podem falar o que quiserem. Apesar de qualquer afirmação difamatória, apesar de suas excentricidades e bizarrices, Michael Jackson foi um artista singular e que jamais será igualado.

Somente os Beatles causaram o mesmo tipo de frisson, de comoção, de fanatismo e devoção. E tal qual os Beatles, a partida de Jackson deixa aquela sensação de que ainda era cedo para terminar.

A história de Michael Jackson todos conhecem.
Começou a carreira ainda criança, junto com seus irmãos, formando um dos grupos mais populares da história da música: Jackson 5. Os irmãos cresceram juntos musicalmente, mudanças vieram, o Jackson 5 mudou para The Jacksons.

Mais ainda, Michael Jackson, desde cedo a estrela do grupo, tornou-se um artista completo e seguiu carreira solo, guiado pelo grande produtor Quincy Jones. Veio o disco Off The Wall, com uma sonoridade típica da época, mas ainda assim com ótimos arranjos e boas músicas, mostrando que Michael realmente despontava como artista-solo.

Depois disso, o ápice: Thriller. Um fenômeno de vendas, até hoje imbatível, que catapultou Jackson para o topo das paradas e deu a ele o título que carregou até o fim da vida: Rei do Pop. E não é exagero dizer que, nos anos 1980, em termos de popularidade, ninguém foi maior que Michael Jackson.

Vivi toda a era Thriller, era um menino ainda, como diria o Bátima, mas sei que era impossível não ouvir as músicas daquele disco.


Depois, seguiram-se seus outros trabalhos.
Bad manteve boa aceitação, com inúmeras músicas alcançando os primeiros lugares nas paradas de todo o mundo.
Somado a tudo isso, prêmios e mais prêmios.

Nos anos 1990, a música ficou de lado, subjugada pela excentricidade e pelos escândalos. Mas ainda assim, Dangerous foi um disco bem-sucedido, embora sem o mesmo brilho dos dois anteriores. Seguiram-se HIStory, Blood On The Dancefloor e Invincible. Todos extremamente bem produzidos e com boas músicas, mas sem o mesmo sucesso do passado.

Jackson foi inovador e pioneiro.
Sua grande manobra era captar toda a música que estava acontecendo ao seu redor e elevar tudo aquilo à enésima potência, sempre apoiado pelo mago Quincy Jones. Foi esta a receita do sucesso de Off The Wall e Thriller, sem dúvida, os melhores discos do cantor.

Mais do que qualquer outro artista, a partir dos anos 1980, Jackson soube usar e abusar dos video-clipes, que se tornaram mini-filmes para divulgação de suas músicas. O que era tratado apenas como mais uma ferramenta de exposição por todos os demais artistas até então, tornou-se um valioso instrumento de expressão e "semi-forma de arte". Jackson foi pioneiro, ao chamar diretores consagrados para dirigir seus vídeos: John Landis, Martin Scorsese e Spike Lee, para citar alguns.

Além de toda a carreira musical, Jackson ainda fez alguns filmes.
Sem dúvida, o mais popular foi Moonwalker, que nada mais era que um grande video-clipe em forma de longa-metragem. Mas também trabalhou em O Mágico Inesquecível (The Wiz), ao lado de Diana Ross e Richard Pryor, além de Ghosts, um curta-metragem dirigido por Stan Winston, que mais uma vez chamou a atenção pelo uso de efeitos especiais e maquiagens extremamente bem elaboradas.

Jackson ainda escreveu livros, teve sua vida contada em inúmeras produções, livros, filmes e documentários, virou personagem de videogames.


Pessoalmente, sempre fui fã de Michael Jackson.
Sempre fui fã de sua música e de sua dança.
Sim, a dança.
Como dito por James Earl Jones em um documentário sobre Jackson: "sua dança parece desafiar as leis da física". O que começou como simples imitação de James Brown, ainda nos tempos do Jackson 5, tornou-se uma de suas principais características e expressão de seu talento. Quem nunca tentou fazer o famoso passo moonwalk? Talvez até mais do que sua música, sua dança era espantosa e incomparável, demonstrando uma criatividade sem igual.

Desde a segunda metade dos anos 1990, Jackson estava artisticamente apagado, com raras apresentações. Os escândalos e o sensacionalismo da imprensa a seu redor tiraram o brilho de suas aparições. Jackson, como figura pública, havia virado piada.

Uma grande maratona de shows (que seriam os últimos de sua carreira) estava prestes a acontecer no mês de julho deste ano, em Londres. Um show para comemorar seus 50 anos e sua longa carreira. Um show para marcar o retorno triunfal de um grande artista e o reencontro com seus fãs.

Mas infelizmente, para Jackson e para o público, este show nunca acontecerá.


Sim, amiguinhos, estou consternado, chateado e triste.
Não sou de me entristecer quando morrem figuras públicas, sejam meus ídolos ou não. Até onde lembro, somente fiquei assim com as mortes de Ayrton Senna e Christopher Reeve.

Infelizmente, hoje lastimo a morte de mais um ídolo.

Enfim, enquanto eles vão indo, nós vamos ficando, para o bem ou para o mal. Morre um grande artista, mas sua obra será eterna.

Portanto, para lembrar este grande artista, dois de meus vídeos preferidos:



O que posso escrever para Michael Jackson é isto:
Muito obrigado por compartilhar seu talento e possibilitar entretenimento de qualidade por tantos anos.