quarta-feira, 18 de março de 2009

A Lenda de Chun-Li

Bom, moçada, todo mundo pra trás...

Depois de tanto ler críticas mais do que negativas sobre Street Fighter: A Lenda de Chun-Li, não agüentei e decidi baixar o filme para verificar se trata-se realmente de tão famigerada bomba em forma de película.


Direto ao ponto: sim, o filme é uma bomba sem tamanho.

Em muitos momentos, é ridículo.

É uma pena que tenham desperdiçado tempo, dinheiro e atores em uma produção tão chinfrim quanto esta.

A começar pela protagonista: a Chun-Lana de Kristin Kreuk é exatamente isso, uma tentativa de mistura da lutadora com a namoradinha do Superboy. Em nenhum momento me convenci que era a Chun-Li que conhecemos do vídeo-game (e tinha gente que reclamava da Ming-Na Wen).


Amiguinhos, gosto de Chris Klein, acho que ele é um ator simpático e tem muito potencial. Mas o Nash que ele apresenta não poderia ser mais caricato. Não dá pra olhar pras caretas que ele faz, tentando bancar o durão, sem esboçar um sorriso involuntário e o seguinte pensamento: que cara mais tosco.


E por falar em tosco. Vamos ao tosco-mor: Bison. Completamente descaracterizado, loiro, de terninho, de barba, irlandês (irlandês, carai!?). E Neal McDonough não ajuda em nada, pois sua interpretação é sempre "sem sal". Onde está Raul Julia em uma hora como esta?


Balrog, Vega, Gen.
Sinto muito, não foi desta vez.

Vega teve a participação mais esdrúxula em um filme desde que Nightwolf surgiu e sumiu em menos de 1 minuto em Mortal Kombat - A Aniquilação. E outra coisa: Vega usa a máscara para proteger seu belo rosto, afinal, trata-se de um narcisista e tudo mais. Então por que cargas d'água escalaram um feioso como o Taboo (do Black Eyed Peas)? Vai entender...


Balrog foi outro caso. Um ator carismático, Michael Clarke Duncan, mas nenhum papel para desempenhar, a não ser ficar rindo, falar grosso, dar uns tiros e trocar uns sopapos. Nada relevante.


E Gen, então...
Trouxeram o Robin 'Liu Kang' Shou para o papel do mestre de Chun-Li. Ficou legal até, mas pouco similar ao personagem do jogo, até onde sei. Por outro lado, Chun-Li aprendeu direitinho o que o mestre ensinou, porque os golpes que ela desfere em Bison, no confronto final, são os mesmos que Liu Kang aplicou em Mortal Kombat - O Filme.


E não vou bancar o correto aqui, sem revelar as "surpresas" do filme. Este filme não merece.

Afinal, Balrog morre. Sim, ele morre ridiculamente. Bison também morre. WHAT!? É, Bison morre, embora tentem deixar uma "dúvida" no final do filme.

E Nash vive. Hein? Nash ficou vivo? Mas e agora como que o Guile vai se infiltrar no torneio Street Fighter para vingar a morte de seu amigo? Pois é...

Além das gostosas do filme, a Chun-Lana e a Maya (Moon Bloodgood), a melhor coisa do filme é o final.


Não apenas porque essa joça termina de vez, mas porque finalmente tivemos boas referências ao verdadeiro Street Fighter, após mais de 1h30min de filme.

Gen sugere a Chun-Lana que participe do torneio, pois Bison pode estar por trás deste evento. Ele afirma que precisam encontrar um tal de Ryu "não-sei-o-quê", pois trata-se de um lutador poderoso.

Enfim, Street Fighter sem Ryu, Ken e Sagat.
Balrog morto.
Vega feioso.
Bison irlandês e semi-morto.
Nash vivo (é, Guile, não foi desta vez).

E ainda pretendem fazer uma série de filmes de Street Fighter? Se fizerem mais um, é capaz de matarem o Ken, só para brincar.

E para constar: durante todo o filme a organização Shadaloo de Bison é chamada "Shadalau". Corrijam-me se eu estiver enganado, mas sempre achei que a pronúncia correta fosse "Shadalu". É, a tosquice não tem limites neste filme.

Não adianta me dizerem que é um filme de origem, que o foco é a Chun-Li. Desculpa besta para justificar as liberdades que tomaram para descaracterizar os personagens. Se ao menos o enredo ficasse interessante com as mudanças, seria possível relevar...

Entre mortos e feridos, perdi meu tempo vendo essa tosqueira. Talvez eu compre o DVD, quando estiverem vendendo a R$ 2,64.

Senão, prefiro continuar com o filme de 1994. Pelo menos era um filme que não se levava a sério. Era tosco, mas divertido.

Viva Van Damme! Viva Raul Julia!