sábado, 4 de julho de 2015

Crime Fighters

É hora de relembrar um dos jogos mais bacanas que já joguei.


 
O jogo é um divertido beat’em’up (o popular gênero dos jogos de "briga de rua") para 4 jogadores, lançado pela Konami em 1989 nos melhores fliperamas mundo afora. Possui bons gráficos, músicas e sons apropriados, boa jogabilidade. Não é o melhor jogo da Konami (nem o pior). Com isso quero dizer que os aspectos técnicos não são o grande chamariz. O verdadeiro trunfo deste jogo é o fator diversão, principalmente quando jogado entre quatro jogadores (imagine a mecânica e simplicidade de Double Dragon, mas permitindo que quatro aventureiros possam espancar toda uma horda de punks e maloqueiros).


Como a maioria dos beat’em’ups, em Crime Fighters é preciso resgatar algumas senhoritas que foram devidamente seqüestradas pela gangue de um “rei do crime” da cidade. Para tanto, é preciso percorrer oito fases, desferindo socos, chutes e qualquer outro tipo de pancada nos meliantes que surgirem pela frente.


Um detalhe interessante: alguns dos “chefões” foram inspirados em personagens de filmes de terror. Portanto, há um clone de Jason Voorhees (da série “Sexta-Feira 13”) e um aspirante a Freddy Krueger (da série “A Hora do Pesadelo”), além de um primo pobre do Leatherface (de "O Massacre da Serra Elétrica").


O jogo possui boa dificuldade, há armadilhas nos cenários e inimigos em grande quantidade. Para piorar o panorama, a energia do jogador (contada em números) vai diminuindo automaticamente. Além dos socos e chutes, é possível usar armas (uma faca, um cano de metal ou uma pistola). E aqui não há misericórdia nem politicamente correto: vale chutar inimigo caído, acertar o rival no meio dar pernas, bater em mulheres e em cachorros. Tudo é permitido para salvar as moçoilas raptadas.

É isto que acontece ao abandonar a luta para namorar.
Apenas um rolo compressor para variar um pouco...
Ame os animais. Ou não...
Toda briga de rua tem que ter mulher com chicote e pouca roupa.
KICK!
Muito joguei esta preciosidade. Já comentei esta situação quando escrevi sobre os Fliperamas de Cidra Beach, mas vale o repeteco.
 
Junto com mais quatro malucos (meu irmão, um primo e dois amigos), ficou decidido que terminaríamos este jogo, independente do tempo que levasse ou de quanto custasse.


E assim fomos jogando e gastando, até a última fase. E foi aí que tivemos uma desagradável surpresa: chegamos perto de uma jaula, onde estavam as moçoilas raptadas. O maldito “rei do crime” surgiu em sua limusine e jogou ao chão uma chave para abrir a jaula. Afoitos como estávamos para terminar o jogo, nos apressamos para pegar a chave. E foi então que o “rei do crime” sacou uma metralhadora e disparou contra os quatro jogadores. Todos morreram. E nesta última fase, não é possível usar continues (obrigado, Konami).

Ele se entregou? É só pegar a chave?
Maldito traiçoeiro!
Foi uma sensação única, um pouco de raiva misturada com alegria, porque o ocorrido realmente foi engraçado .Só consegui vencer o jogo quando este ficou disponível no MAME. Aí foi só alegria mesmo.

Metralhadora nenhuma o livrará da surra!
Acabou? Sim e não.

Após vencer o "rei do crime" e resgatar as moçoilas, há uma fase extra, em que é preciso enfrentar todos os chefões novamente, ao mesmo tempo. Vença se for capaz. Depois disto, o jogo volta à primeira fase.


A versão ocidental de Crime Fighters tem algumas censuras em relação ao jogo original lançado no Japão. A versão japonesa possui referências e conotações sexuais mais explicitas, em inimigos e nos cenários. Outra diferença na versão nipônica é a medição de energia do jogador. Ao invés de números que decrescem automaticamente, o jogador possui uma barra de energia, que só é decrescida quando este é atingido.

Este inimigo gosta de encoxar o jogador. E de dançar no Bar Ostra Azul.
Crime Fighters rendeu duas continuações:
 
Vendetta (ou Crime Fighters 2), que alcançou boa popularidade e aceitação. Novamente, quatro jogadores se reúnem para enfrentar gangues malignas e resgatar uma donzela raptada.


E Violent Storm, relativamente desconhecido. E mais parecido com Final Fight do que com os jogos anteriores. Aqui a jogatina acontece entre três jogadores simultâneos. E, adivinhe, é preciso espancar meliantes para salvar mais uma moça seqüestrada.


Enfim, nunca é demais recomendar: Crime Fighters é um ótimo e divertido jogo, ainda mais se jogado com mais pessoas. Agora com licença, pois vou tentar pegar aquela maldita chave de novo...