quinta-feira, 19 de maio de 2011

Desabafo

Prezados amiguinhos, visitantes desta joça de blog e demais súditos de Namor e Aquaman, por favor, percam nove minutos de suas preciosas vidas para assistir ao vídeo abaixo:


O desabafo da professora ocorreu em uma audiência com deputados do Rio Grande do Norte. Foram verdades ditas "na cara" dos ilustres imbecis que ocupam cargos eletivos, votados que foram pelos anônimos imbecis, o povo.

É por essas e outras que repito sempre a mesma conversa: esse país não vai mudar nunca, vai ser sempre a mesma me&#$. Ou vocês acreditam que um país que coloca o Tiririca pra tratar da educação e o Netinho pra tratar dos direitos das mulheres ainda tem jeito?

E o que dizer de Antônio Palocci, o João Alves do século 21? Não sabe quem é João Alves, amiguinho ignóbil? Pois então use o Google pra outra coisa além de buscar pornografia na internet.

Pois é, o tempo passa, o tempo voa e aquela música da Legião Urbana continua a cada dia mais atual: "Que país é esse?", pergunta Renato Russo. E os imbecis do povo, ou seja, nós todos, você e eu, caro leitor, gritamos a plenos pulmões: "é a porra do Brasil".

Gritamos, destratamos, mas não assumimos a nossa própria culpa nessa "porra" toda. Votamos errado, votamos por votar, votamos em imbecis, porque somos imbecis. Somos imbecilizados e deixamos que nos tratem assim.

E depois reclamamos da vida.

Ora, votar corretamente seria o primeiro passo. E não descarte o voto nulo. É um direito seu na "festa da democracia".

Depois, fiscalizar e cobrar esse bando de filhos de meretrizes que lá estão, curtindo a vida com nosso dinheiro. Bater de frente com esses cretinos, muitos dos quais possuem menos conhecimento e inteligência do que você, que está lendo essa porcaria de blog. Mas mesmo assim, são "excelentíssimos".

Vivemos no país do oba-oba e adoramos isso. Ou vai dizer que você não conta os feriados no calendário, todos os anos? Nada de errado nisso, se também cumpríssemos com nossas obrigações cívicas/políticas.

Odiamos qualquer tipo de censura, cremos que é "proibido proibir". Mas esquecemos que todos deveríamos exercer uma auto-censura. Baixarias e tantas porcarias que denigrem a imagem deste país seriam evitadas assim.

Pagamos impostos cada vez mais incondizentes e não movemos um dedo para protestar. Temos nossas liberdades cerceadas por medidas "politicamente corretas". E ainda assim, achamos que tudo está bem, mesmo não podendo exercer direitos em suas plenitudes (educação, saúde, segurança, etc).

Aceitamos influências culturais estrangeiras como se fossem nossas próprias. Falamos e escrevemos cada vez mais o idioma inglês, mas já não sabemos mais como fazer o mesmo com nosso próprio idioma.

São tantos fatores que estão nos transformando em um povo ainda mais idiota e sem identidade própria.

Sem contar os já batidos "três malditos": futebol, política e religião.
O futebol, a paixão nacional, é o circo que mantém o povo alheio a tudo que acontece "fora das quatro linhas".
Assim, a política entra em ação, ou melhor, sai de cena, dando lugar à politicagem, o que mostra que a capacidade do brasileiro para a malandragem, a picaretagem e o mau-caratismo é infinita.
E para completar a "santa trindade", temos a religião, que serve para manter o povo "amarrado" a preceitos batidos e incondizentes. E que se tornou negócio no mundo todo, tendo ainda mais prosperidade aqui, pois se dirige a um povo de fé e supersticioso, que ainda possui crendices ridículas, oriundas da falta de educação.

Educação esta que promoveria real conhecimento, discernimento e sabedoria. Ora, sabemos desde sempre que é a educação o maior valor que temos. E é justamente na educação que encontramos as maiores dificuldades neste país.

O que nos remete novamente ao vídeo do desabafo da professora.

No dia em que tivermos políticas sérias, concretas e objetivas voltadas para a educação e para o controle de natalidade (distribuir preservativos na época de Carnaval não conta, vamos combinar), então talvez eu volte a acreditar que este país tem jeito.

Do contrário, vale o que um sábio um dia me disse: "para dar jeito neste país, só jogando uma bomba atômica e começando tudo de novo".

Não concorda? Então prove que este sábio estava errado.